30 Mar 2018

Vou supor que você, como Narrador, já tenha entendido como lidar com o sucesso e falha nos dados. Você entende que as falhas não devem parar o jogo e que você deveria apenas rolar dados para determinar sucesso ou falha quando ambos forem interessantes e resultarem em diversão. Portanto, vamos falar daquela outra coisa que cerca sucesso e falha - especificamente, vamos falar sobre riscos.
Nesse contexto, os riscos em uma situação são as coisas que podem obviamente sair errado, mas que não tornam o sucesso mais ou menos possível. Por exemplo, se um personagem deseja chutar uma porta, existe o risco de que isso provoque barulho o bastante para alertar os guardas. Esse risco não tem impacto na ação, mas pode ter um impacto profundo na situação.
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18 Mar 2018
Introdução
Um fato que nunca foi registrado foi a importância da magia em Fair Leaves.
O Novo Continente tinha suas próprias tradições mágicas, e muitos dos estrangeiros de uma forma ou de outra tentaram suprimir ou negar essas tradições mágicas. Seus seguidores e as criaturas da mesma ocasionalmente entravam em conflito com os mesmos, e isso prejudicava inclusive aqueles que para cá vieram sem se importar nada com isso.
Quando Fair Leaves foi fundada, haviam muitos habitantes mágicos locais. Os Bieberaus tiveram importância ao negociar com esses povos um Pacto de Convivência, envolvendo todas as partes, mágicas e mundanas, locais e estrangeiras, para que todos vivessem em Fair Leaves de maneira igualitária e harmoniosa. Graças a isso, Fair Leaves nunca teve grandes problemas, pois em sua Pedra Fundadora, que ainda existe na Praça da Cidade, foi colocado um amuleto na forma de um Trevo de Quatro Folhas, e o mesmo não à toa tem uma malaquita encrustada nele: a malaquita para os povos nativos era um símbolo de sorte, ainda mais em formato de cobra, em algo similar ao símbolo de Ourobouros (a cobra tentando comer a própria cauda), um símbolo de renascimento.
Entretanto, com o tempo, as demais famílias fundadoras tentavam de tudo para explorar os recursos naturais da região, inclusive indo contra as ações dos Bieberaus, em especial os McHog e McBaalian. Isso fez com que as quatro famílias entrassem em conflito. A doença do último Bieberaus a nascer em Fair Leaves, Kaspar, foi o estopim para o conflito que rompeu o equilíbrio entre as Quatro Famílias Fundadoras. O emparedamento dos últimos Bieberaus, que resultou na morte do Patriarca Lars e em Kaspar tornando-se um Fantasma que até hoje assombra a casa onde ele vivia, foi onde esse equilíbrio começou a se romper.
Isso começou a degenerar a prosperidade de Fair Leaves, como era no passado, ainda que essa queda não seja tão perceptível.
Os O’Wool se mudaram quando seu Patriarca Connacht viu Kaspar em sua forma espectral e enlouqueceu, tomado por um pânico indescritível. Os McBaalian foram seduzidos pelo dinheiro, abandonando a tradição de serem caridosos e tornando-se os sovinas que o mito que corre à boca pequena entre os habitantes de Fair Leaves. E os McHog ficaram gananciosos, sendo agora donos de metade de Fair Leaves (e dando um jeito de conseguir a outra metade).
Quanto à magia, as criaturas mágicas que existiam na cidade, como os Leprechaun McLucky, os McEaster Coelhos da Páscoa e os Vampiros da linhagem von Squeak se viram em uma situação de precisarem se manter isolados e secretos, até que encontrassem um ocasional descendente dos Bieberaus com poder o bastante para os ver e tentar os ajudar. Recentemente isso acontece com Sylvester Sälvalner, cujo pai, Niels, era para assumir essa missão, mas abandonou tudo para fugir com o Circo. E Sylvester veio para a cidade muito velho, e isso coloca todos com medo de mais um tempo de isolamento e medo. Além dele, outras pessoas se estabeleceram em segredo em Fair Leaves procurando manter esse segredo sobre o místico.
Recentemente, a família Baalycairn veio de Sligo, na Irlanda, para Fair Leaves. Eles vieram (oficialmente) porque o Sr. Baalycairn trabalha em uma empresa que tem um escritório em Great Willows. Como ele pode trabalhar remotamente por computador, ele preferiu buscar um local melhor, menor e mais tranquilo, e Fair Leaves foi a escolha adequada, ainda mais que é apenas uma hora de trem para ir e voltar para Great Willows.
Na realidade, os Baalycairn são descendentes indiretos dos Bieberaus e, portanto, dotados de habilidades mágicas.
Além deles, existe pelo menos mais dois usuários de magia em Fair Leaves:
- Sylvester “Silly Silver” Sälvalner, um antigo palhaço do antigo Donahue Circus & Shows. Quando ficou velho o bastante e circo veio à falência e foi comprado por um circo maior cuja base de inverno fica em Katchalow, ele conseguiu adquirir algumas coisas, como velhos baus, panfletos, cartazes, figurinos e tudo o mais, e com isso ajudou a formar o Circo Comunitário e Brigada de Palhaços dos Cavaleiros da Diversão, junto com algumas pessoas da Associação Cultural de Fair Leaves e do Grupo Escoteiro de Fair Leaves. E passou, por ser o mais experiente, a ensinar coisas sobre circo aos interessando, o que para infelicidade dele são tão poucos que a Associação Cultural está ameaçando o despejar! Assim como seu pai, seu avô e seus familiares antes dele, ele desenvolveu uma série de artes mágicas. Porém, dado à sua inocência e característico bom humor, ele nunca fez magias poderosas: na realidade, tudo o que ele fazia eram jogos de cores, luzes e pequenos truques de magia que facilmente seriam confundidos com truques de cena circense. Mas ainda assim é muito querido junto aos moradores de Fair Leaves, tantos os mágicos quanto os Mundanos.
- Wyatt Woolmeister, que quando jovem foi parte de uma das turmas mais pestinhas de Fair Leaves, até que descobriu os segredos da antiga mansão Bieberaus, ao invadir junto com sua Turma o antigo lar dos Bieberaus. Sem que a maioria soubesse (mesmo sua Turma) descobriu segredos antigos de magia perdidos desde que os Bieberaus desapareceram. Como todo bom Curioso, ele começou a estudar o que via nos livros e com isso tornou-se um mago de grande reputação entre os que conhecem sobre a magia, e começou a se aventurar pelo mundo, coletando livros e artefatos, tanto mundanos quanto mágicos. Tornou-se um antiquário famoso em todo o país, o que faz com que Fair Leaves fique famosa. Tem mantido, secretamente, uma série de acordos com as criaturas mágicas da região para que elas não interfiram nos eventos da cidade e vice-versa.
Os Baalycairn vieram na realidade por um motivo estranho, que nem mesmo sua filha, Danaan Baalycairn entende.
E quando ela começa a sofrer acidentes estranhos, a Turma se verá envolvida nisso tudo.
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15 Feb 2018
Essa aventura utiliza as regras do 1ª Delegacia de Polícia da Desenholândia para Fate Acelerado.
Introdução
1952. 26 de Fevereiro.
O Mardi-Gras está acontecendo em Los Angeles.
Embora pouco famoso quando confrontado com seu irmão mais famoso de Nova Orleans, com seus Jazzistas creole e seu charme Cajun, o Mardi-Gras em Los Angeles tem uma grande vantagem em relação à famosa festa da Terça Gorda (o dia que antecede o início da Quaresma).
Os Desenhos.
Desde a recente abertura da Desenholândia, o município de Los Angeles tem visto os gastos com infraestrutura explodir (junto com o tanto de bigornas que aparecem nas filmagens de desenhos). Entretanto, o turismo tem se beneficiado muito, os tours para a Desenholândia sendo algo muito rentável. De fato, algumas empresas tem se popularizado em fazer esses tours, inclusive com entrada e visitação de sets de Desenhos nas empresas cinematográficas. Meet and Greets têm se tornado tão populares envolvendo desenhos como Mickey Mouse, Patolino e Roger Rabbit tem gerado boas receitas aos envolvidos.
E durante o Mardi-Gras, a Desenholândia é o point do momento.
A postura extremamente (ou aparentemente) anárquica dos Desenho serve bem para o Mardi-Gras, que muitos consideram e aceitam como o último dia de excessos antes dos 40 dias da Quaresma. E a Desenholândia tem todo o tipo de banda e diversão, além de aceitar aquilo que é fora do convencional. Se existe uma máxima entre desenhos no Mardi-Gras, ela foi definida por Roger Rabbit: “Se você não puder ser engraçado, é melhor estar morto!”
Entretanto, essa é uma era também de perseguições e embates políticos: os movimentos sociais e a resposta conservadora se fazem sentir no mundo dos Desenhos também. A Canção do Sul, uma recente e ambiciosa proposta de misturar atores reais com Desenhos feita por Walt Disney acabou chamando muita atenção negativa por seu conteúdo, declarado como racista por movimentos a favor da igualdade e integração racial. Por outro lado, o Comitê de Atividades Anti-Americanas do Congresso está ficando cada vez mais intenso, e provendo também uma política de boicotes e ostracismos. Charles Chaplin, antes aclamado, se viu vítima desse boicote, com as vendas e críticas a seu filme Luzes da Ribalta sendo muito baixas.
Aparentemente, isso não vem ao caso, já que é Mardi-Gras e os festejos são intensos: a diversão e anarquia imperam como nunca nessa data, em especial da Desenholândia. Mesmo o 1° Distrito de Polícia sabe que não tem muito o que fazer: é uma festa cívica e, como é o Mardi-Gras, é esperado um certo grau de libertinagem e anarquia. Apenas os casos mais obviamente flagrantes de crime estão sendo investigados e tendo ações tomadas contra.
Recentemente, uma companhia da cidade chamada Leisure Costumes conseguiu convencer o cientista maluco de Desenho Doktor Helmut Von Latzen a trabalhar com eles em uma espécie de Fantasia de Desenho. As pesquisas de desenhificação e da interação da Tinta (com T maiúsculo, a essência do corpo de um Desenho) com a Carne e Sangue humanos/biológicos proveram informações muito úteis sobre isso. Já tinham sido desenvolvido roupas e outros métodos para “transformar-se” um ser humano em desenho, mas o processo ou era inviavelmente caro ou acabava em desastre, como o Desastre de Fort Lauderdale e o recente evento envolvendo o cientista renegado de Desenho Viktor Lasiek e o antigo e insano cineastra de Desenhos Connor McGraff.
Mas aparentemente, a Leisure Costumes alcançou um grande sucesso tanto em termos científicos quanto em termos comerciais e econômicos ao conseguir, junto com Helmut Von Latzen, criar um processo para criar-se tal Utópica “Fantasia de Desenho” de uma maneira viável economicamente e em um processo que mantenha a pessoa sã.
Várias pessoas se propuseram para serem as “cobaias” da Leisure Costumes, ao mesmo tempo que outros tantos vêm tais Fantasias como “mais um passo para a Sedição dos Inocentes”.
Em meio a essa loucura toda, o Mardi-Gras começa…
E será muito louco
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