19 Aug 2015
Parte 1 - O Dragão
Aspectos
Conceito: |
Draconis Rex, A Morte Alada |
Dificuldade: |
Força é igual a direito |
|
“A Morte é meu pai, A Destruição minha mãe!” |
|
Meu covil, meu lar |
Perícias Relevantes
Excepcional (+5): |
Conhecimento |
Vontade |
Vigor |
Ótimo (+4): |
Armas Naturais |
Atletismo |
Comunicação |
Bom (+3): |
Enganar |
Provocar |
|
Façanhas
- Hálito de Fogo: Ao usar seu Hálito de Fogo, recebe +2 em Armas Naturais para Criar Vantagens Em Chamas em uma determinada Zona (Permissão: Aspecto Draconis Rex)
- Voador: +2 ao Defender-se e Atacar com Atletismo (Permissão: Aspecto Draconis Rex; Custo: Duas Façanhas)
- Estrategista: +2 ao Criar Vantagens com Conhecimento para preparar situações que lhe serão vantajosas em combate
- Magias: +2 ao Criar Vantagens com Conhecimento por meios místicos (Permissão: Aspecto Draconis Rex)
- Dilacerador: caso consiga mais de 2 Tensões em um Ataque por Atletismo, pode abdicar das Tensões e optar por provocar diretamente uma Consequência Suave (Permissão: Aspecto Draconis Rex)
Estresse e Consequências:
- Estresse:
- Consequências:
- Suave (2):
- Suave (2) Adicional Mental:
- Suave (2) Adicional Física:
- Moderada:
- Severa:
Parte 2 - O Covil
- Aspectos: Lar do Dragão, Os que entram nunca voltam, A Magia de Alerta
O Covil pode ser uma dungeon clássica (nesse caso tem o Aspecto adicional Lar de Outros Monstros), ou mesmo apenas uma única sala, mas a verdade é que até chegar-se no salão onde o dragão vive, leva-se muito tempo. Além disso, ele possui Cavernas Enormes e Grandes Salões, adequados à habitação por um Dragão
Parte 3 - O Encontro
Na realidade, tudo começa quando os aventureiros entram na caverna, quando é acionado o Aspecto A Magia de Alerta. Antes mesmo dos personagens chegarem, a cada turno que eles demorarem (e o Narrador deveria dar algum tempo), o Dragão irá utilizar suas Façanhas Estrategista e Magias para preparar o seu salão de modo a dificultar ao máximo as ações dos mesmos. Lembre-se que o covil tem o Aspecto Lar do Dragão, que ele pode usar para obter maiores informações sobre o grupo. Alguns Aspectos que ele irá colocar no salão (todos secretos para o grupo):
- O Dragão Falso - Usando Magias, ele irá criar uma imagem falsa de um Dragão, que será usada para Confundir os personagens, fazendo-os se desgastar. Além disso, o Dragão Falso ataca como se fosse Uma Fera Estúpida, colocando uma Falsa Confiança nos aventureiros. Esse Dragão Falso possui as mesmas estatísticas do Dragão, exceto Conhecimento e Vontade (que serão Medíocres (+0));
- O Bloqueio - Uma forma que ele terá de impedir uma fuga dos aventureiros será colocar um Aspecto Saída Bloqueada tão logo os mesmos entrem no recinto;
- Ninho de Observação - No Salão onde ele dorme existe estrategicamente um local onde ele pode observar os aventureiros do alto. O Dragão estará lá (o que eles verão no chão será o Dragão Falso), observando e analisando o comportamento dos aventureiros, procurando em especial os aventureiros com habilidades místicas e os mais fortes ou perigosos de modo geral, usando sua façanha Estrategista. Esse é um Local Oculto, longe dos olhos dos aventureiros, e mesmo que o enxerguem é um local onde ele estará Protegido pela altura e pela distância entre ele e os aventureiros;
- Rota de Fuga - o topo é aberto o bastante para o Dragão render-se, fugindo e deixando para trás seu tesouro se o grupo que o afastou for forte o bastante. Ele tem uma série de covis similares, com tesouros o bastante, onde ele poderá descansar e preparar sua vingança
Uma vez que os aventureiros entrem, eles provavelmente atacarão o Dragão Falso (que reage de maneira bestial). O Dragão não irá interferir nesse combate, pois o objetivo do mesmo é cansar os aventureiros e analisar como eles lutam, procurando (por meio da Façanha Estrategista) descobrir os pontos fortes e fracos do grupo, Criando e Descobrindo Aspectos do grupo até que o combate contra o Dragão Falso acabe e ele se dê por satisfeitos. Ele NÃO RENDERÁ o Dragão Falso: se ele for percebido por qualquer motivo, ele ainda poderá usar o Dragão Falso como uma forma de dividir a atenção dos aventureiros.
Caso o Dragão Falso venha a ser Derrotado ou ele seja descoberto, aí ele se revelará, utilizando sua Façanha Voador para atacar primariamente qualquer usuário de magia ou curandeiro do grupo, tentando Derrotar com o mesmo em apenas um ataque, ao mesmo tempo em que O Bloqueio será acionado, impedindo no primeiro momento a fuga (os personagens deverão remover esse Aspecto antes de fugir, por meio de testes de Vigor ou qualquer coisa similar). Se necessário, ele utilizará Aspectos que tenha gerado por Estrategista e Pontos de Destino no seu Aspecto “A Morte é meu pai, A Destruição minha mãe” para acabar especificamente contra ele.
Em seguida, ele utilizará o seu Hálito de Fogo para colocar a região mais próxima dos aventureiros Em Chama. Ele nunca descerá para próximo dos aventureiros, a não ser para atacar com sua Façanha Voador. Ele irá escolher os alvos mais fortes, mas com menor proteção, como alvos prioritários, em especial usuários de magia e qualquer um que possa lhe atacar à distância. Ele irá também utilizar Magias para criar circunstâncias que inutilizem habilidades dos personagens (como criar Áreas Escorregadias). Importante é que esse Dragão é poderoso, astuto e maligno, então ele não se deixará enganar tão facilmente. Além disso, ele fará a questão de demonstrar sua Força, usando tudo que for possível para utilizar a Façanha Dilacerador e usando qualquer Consequência aplicada para melhorar ainda mais suas chances.
Na pior das hipóteses, ele irá “se render”, fugindo por sua Rota de Fuga. Se a mesma for obstruída, ele irá usar sem parar a Façanha Hálito de Fogo, com o objetivo de derrotar os aventureiros, mesmo que isso lhe custe a vida, na forma de uma morte flamejante.
04 Aug 2015
O objetivo desse artigo é explicar como criar uma série (campanha)
baseando-se no mesmo sistema de criação de série de Primetime
Adventures. A idéia é começar um sistema de adaptação das regras de
Primetime Adventures para Fate
Definindo a Premissa
Cada Jogador, junto com o Mestre, escolhe dois termos únicos
(normalmente uma ou duas palavras) para Escolher as Premissas. Esse
pode ser um momento para escolher o nome da série. Esse também será o
momento onde será definida a Ambientação/Era de sua série:
Exemplo: Matheus, Julia, e Ricardo, além do Narrador (Lúcio)
estão começando a sua campanha em Série. Para isso, cada um deles
escolhe um termo para a Premissa.
- Matheus decide escolher Conspiração e Mistério, já que ele
gosta de aventuras estilo Arquivo X.
- Júlia, que prefere coisas como Grimm, The Librarians e Once
Upon a Time coloca os termos Contos de Fadas e Poderes
Superiores.
- Ricardo, que curte séries de ação, escolhe Guardiões e
Conseqüências como seus termos para a premissa.
- O Narrador Lúcio escolhe, para fechar, o termo Atual e Magia.
No final das Contas, eles acabam com uma Premissa meio confusa, mas
eles decidem seguir a diante: um grupo de pessoas que, por algum
motivo aleatório, foram abduzidas para o Reino dos Contos de Fadas e
transformadas de alguma forma em verdadeiras representações dos
Contos de Fadas, sendo o objetivo das mesmas protegerem os locais
mágicos das pessoas comuns e vice e versa… Embora ninguém saiba o
porque aconteceu isso com eles, já que os grandes kahuna, os
Guardiões, optam por não dizer o motivo das missões que
ocasionalmente passam. Nesse meio tempo, eles tem que se ajustar
uns aos outros e aos seus Escopos, como é chamado os poderes e
fraquezas que cada um sofre. Eles optam pelo nome de Fae Guardians
para a série.
Definido textualmente isso, é hora de colocarmos os Aspectos
envolvidos. É bom levantar três ou quatro desses (se sobrar, você pode
descartar ou reservar para outras temporadas)
Exemplo: Podemos levantar do que sabemos alguns Aspectos
- O Escopo de cada Conto
- Em dois mundos e em nenhum ao mesmo tempo
- O Mistério dos Guardiões
Como dissemos anteriormente, aqui também será definida a Ambientação
No caso, Fae Guardians tem como Ambientação Fantasia Urbana,
devido aos elementos combinados de Fantasia, Sobrenatural e Mundo
Moderno
Definindo Convenções
Aqui todos irão ajustar as suas idéias para definir algumas e limitar
as ações. Ainda não existe nada definido em termos de Aspectos, mas
aos poucos as coisas irão aparecer.
Exemplo: Os quatro tentam ajustar algumas coisas, em especial
relacionado ao Escopo, o poder de cada um. Todos lembram de
Mistério e Consequências, premissas que não apareceram muito,
então decidem que o Escopo não é muito nivelado, mas que existe
uma série de Consequências com o uso excessivo dos poderes do
Escopo, como Flashbacks relativo às Fábulas e uma exacerbação do
comportamento original do personagem em relação ao comportamento da
própria pessoa. Quanto mais esses poderes são usados, mais literal
o personagem “dentro” da pessoa vai se tornando.
Além disso eles começam a definir algumas convenções:
- Ele não terá nada sexualmente explícito, mas insinuações serão OK
- Da mesma forma, nada de violência gratuita
- Apesar do foco da história nos Escopos relacionados aos Contos
de Fadas, como ela se passa no mundo real e no tempo atual, mesmo
os Fae Guardians possuem comportamento e equipamento moderno
- Entretanto, eles poderão contar também com tomos e poderes
místicos, em especial os relativos ao Escopo
Obviamente, a partir do Escopo você pode obter alguns novos Aspectos,
e como no caso da Premissa não tem problema acabar com “Aspectos
demais”
Exemplo: Aqui podemos obter alguns Aspectos adicionais
- A Excalibur ao lado do meu iPad
- O que sou eu e o que é o Conto?
- Estamos juntos nisso tudo, para o bem e para o mal
Definindo o Tom
Bem simples: é basicamente dizer que tipo de profundidade e drama que
as histórias terão.
Exemplo: Sem mistérios, Fae Guardians é uma série de um drama
bem sério. Alguns deles terão que lidar com questões complicadas
relacionadas ao Escopo, ou ao processo que deu a eles esses
Poderes.
Em muitos momentos, mesmo a questão da “proteção” poderá entrar em
uma zona cinza, sobre proteger quem e de que. Poderá haver
espaço a algumas piadas, mas normalmente as histórias serão bem
sérias. Dentro da categorização brasileira, essa seria uma série
Desaconselhável para menores de 16 anos, devido às questões
envolvidas,
Ao definir-se o Tom, pode-se ou não gerar Aspectos, mas mais
importante, pode-se definir o Nível da Série.
Exemplo: Fae Guardians, pelo que pode ser visto nesse texto,
será de um nível mais Pessoal, onde os personagens estarão lidando
com pequenos problemas regionais e com os resultados do
Escopo. Obviamente poderão haver problemas Épicos, como o
Gigante do Pé de Feijão que teve a idéia genial de assistir o jogo
dos Giants, mas normalmente as coisas serão em um nível mais
pessoal.
Definindo o Elenco
Agora será uma hora importante, definindo o Elenco da Série. Nesse
caso, primeiro deve-se listar que tipo de personagens serão aceitos
dentro da série, até para que a mesma não vire um samba do crioulo
doido (ou seja, se for a intenção da série). A partir dessa lista irá
se definir quais personagens serão Protagonistas e muito
provavelmente os personagens dos jogadores:
Exemplo: Lúcio começa dizendo que pode ou não existir uma
ligação familiar ou de amizade dos personagens antes dos eventos em
que foram imbuídos do Escopo, e que além disso, os personagens não
serão restritos quanto ao tipo de fábulas, lendas ou mitos nos quais
aparecem. Então ele sugere que cada um de algumas sugestões sobre
que tipos de personagens apareceriam, e a lista fica como abaixo
- Policiais
- Elfos
- Gigantes
- Princesas de Fábula
- Animais Falantes
- Slenderman
- Detetives
- Jornalistas
- Bardos Perdidos
- Magos de Eras Passadas
- Guerreiros de Tanga
- Cultistas
- Crianças
- Dragões
- Fadas
- Mafiosos
- Protetores
- Subordinados dos Guardiões
- Palhaços (Assassinos ou não)
- Godzilla e outros monstros gigantes (!!!)
- Loira do Banheiro
- Paul Bunyan
Nesse momento, novamente, o Narrador pode pescar alguns desses
elementos como Aspectos
Exemplo: Lúcio dá uma olhada nessa lista e pesca algumas coisas
interessantes como Aspectos
- Gigantes na Big Apple
- Fairy Grandmother in New York
- Tiamat vs Slendermen e Godzilla vs Paul Bunyan
Definindo Protagonistas
Agora sim definimos o que está acontecendo e quem serão os
protagonistas, os personagens dos jogadores que, invariavelmente,
deverão resolver a encrenca! Para isso, os personagens podem olhar a
lista acima e decidir quem serão os protagonistas da Série. Além
disso, eles deverão decidir as ligações que os envolvem:
- Ligação pela Premissa: Quando os personagens possuem esse tipo
de ligação, eles irão demonstrar que a série possui algum tipo de
característica mais profunda, uma trama na qual cada personagem é
apenas uma parcela da mesma. Pense, por exemplo, em CSI ou
Criminal Minds, onde todos são ligados pelo fato de serem do mesmo
órgão policial, ou Babylon V, onde todos estão de certa forma
ligados pela base;
- Ligação entre si: Com personagens com esse tipo de ligação, a
série vai normalmente se desenvolver mais em torno das relações
entre os mesmos. Eles podem também estar conectados a um terceiro
que não seja um protagonista. Pode-se pensar em As Panteras ou
Sex and the City como exemplo de séries com esse tipo de ligação;
- Ligação com um personagem central: Como acima, mas quando todos
estão de certa forma ligados a um único personagem
central. Castle, Mentalist e Dexter são exemplos recentes de
séries com esse tipo de ligação.
Antes de criarem os protagonistas, é importante definir o tipo de
Ligação que os personagens vão ter:
Exemplo: Todos chegam rapidamente à conclusão que a Premissa
é o principal ponto de ligação de todos os personagens, já que os
Fae Guardians serão pessoas que podem ter todo tipo de antecedente
e nenhuma ligação entre si, apenas sendo ligadas pelos poderes e
fraquezas relacionadas ao Escopo e às escolhas e missões que os
Guardiões lhes impõe. Isso também facilita porque nenhum deles em
especial será um personagem central, o que dá a todos momentos para
brilhar e momentos para fazerem coisas “por detrás dos panos”
Os personagens, ao recorrer a esse sistema, precisam definir três
Aspectos fundamentais:
- O Conceito do personagem, que vai definir basicamente quem ele é
na trama e como ele é
- A Dificuldade (equivale ao Issue de PTA), que é as questões
pessoais com a qual ele tem que lidar e;
- O Impulso (equivale ao Impulse de PTA), que define como ele
costuma lidar com as coisas, em especial quando sob pressão;
Não se preocupe em encerrar a ficha nesse momento: ainda tem muito o
que fazer antes de terminar a criação dos protagonistas. Além disso,
para a criação de série esses três Aspectos são o que bastam.
Exemplo: E chegou a hora de criar os Protagonistas, os
personagens de Fae Guardians, os Protetores da nossa Realidade e
da dos Contos.
Matheus escolhe criar Pericles Grautier, um ex-policial que, assim
como os demais, foi abduzido pelos Guardiões e, de alguma forma que
nenhum deles lembram, recebeu o Escopo, tornando-se um dos
Protetores. No caso, ele recebeu o Escopo do Lobo Mau. Apesar
disso, ele tem um senso apurado (algumas vezes até demais) de
justiça. Ele tem problemas ao lidar com segredos, tanto seus quanto
dos outros, e tende a lidar com as coisas na base da força bruta.
- Pericles Grautier
- Conceito: Ex-Policial tornado Protetor, com Escopo do Lobo
Mau
- Dificuldade: “A Justiça é clara. Segredos são usados apenas
por criminosos!”
- Impulso: Vou usar a Cabeça… Assim como os punhos e as
pernas!
Julia decide criar Helen Richelieu, uma Socialite e
Filantropista. Por algum motivo, assim como todos os outros, ela foi
escolhida pelos Guardiões para tornar-se uma Protetora. No caso, ela
recebeu o Escopo da Fada Madrinha. Ela se sente na obrigação de
ajudar as pessoas em qualquer situação, porque de certa forma ela se
sente culpada por ter nascido rica
- Helen Richelieu
- Conceito: Socialite Filantropa Portadora da Fada Madrinha
- Dificuldade: Pobre menina rica
- Impulso: Madre Teresa de Calcutá
Por fim, Ricardo decide criar Robert “Lighthand” McCarthy, um
garoto órfão que vivia nas ruas e ocasionalmente em reformatórios
até que os Guardiões o escolheram como Protetor. Devido a seu
passado trapaceiro e de certa forma desonesto, mas de uma maneira
infantil, ele recebeu o Escopo do Pinóquio, pois apesar de tudo,
Robert é um cara que tenta fazer as coisas certas das maneiras
erradas. Robert é um cara que acredita que sua lábia e pequenas
trapaças o tornam invencível, e isso faz com que ele tome riscos
desnecessários.
- Robert “Lighthand” McCarthy
- Conceito: Jovem Órfão portador do Pinóquio
- Dificuldade: Um Trambiqueiro Honesto
- Impulso: Mente sobre os punhos
Nesse momento, você obviamente desejará dar uma melhor descrição para
Extras do cenário. Talvez ainda não seja o melhor momento. Deixe
maturar mais um pouco, pois pode ser que cada um queira criar mais
coisas. Por agora, deixe como está.
Definindo a Presença em Tela
Cada personagem possui em Destino das Séries, da mesma forma que em
PTA, uma Presença de Tela por aventura. Todos eles começam a
primeira aventura, o Piloto da Série como personagens de Apoio:
não que eles o sejam, mas sim porque cada um deles ainda está
“mostrando a que veio”, então todos devem receber mais ou menos o
mesmo tempo de tela. Depois disso, cada um deles deverá definir a
presença de tela de cada um deles, baseado no tamanho da Série.
Em primeiro lugar, vamos entender como funciona a Presença de Tela:
cada personagem definirá seu nível de Presença de Tela da seguinte
forma.
- Protagonismo (P): Nesse episódio, os eventos do episódio gira em
torno desse(s) personagem(ns), Pode ser que eles tentem resolver
alguma trama pessoal ou que os eventos do episódio o visem
particularmente, sendo que eles podem definir o tipo de trama que
lhes interessa naquele momento;
- Apoio (A): Personagens de Apoio são muito importantes em um
determinado episódio, embora a trama não gire ao redor dele. Eles
serão provavelmente apoio para os protagonistas do episódio em
questão, mas terão menor controle sobre os acontecimentos, não
podendo definir tramas e afins;
- Background (B): Esse personagem, nesse episódio específico,
não aparece, ou pode aproveitar para “resolver” pequenos subplots
do mesmo, como ir ver o pai que faleceu ou qualquer coisa que o
valha, mas sem grande relevância à trama do episódio.
Em PTA, é sugerido que cada Série tenha cinco ou nove episódios
(aventuras), e que cada personagem defina da seguinte forma sua
participação de tela:
- Nove Episódios: três episódios como Apoio, um como
Protagonista e quatro como Background;
- Cinco Episódios: um episódio como Apoio, um como
Protagonista e dois como Background;
Perceba que na realidade você distribuirá apenas quatro ou oito das
informações de presença de tela. Isso se deve ao fato de que o
primeiro episódio, o Piloto inclui todos os personagens no mesmo
nível de Apoio (já que o público está começando a conhecer os
personagens)
Exemplo: Agora os personagens vão definir sua Presença de
Tela. Como é a primeira vez que estão tentando Destino das
Séries, eles optam por fazer Cinco Episódios apenas (sempre pode-se
ter uma renovação da série). O primeiro episódio, sendo o Piloto
não terá nenhum protagonista, todos sendo Apoio. Então cada um
deles decide distribuir sua presença de tela.
Personagem |
Presença |
Pericles |
ABABP |
Helen |
APBBA |
Robert |
AAPBB |
Aqui também os jogadores podem definir como eles querem que as coisas
prossigam na Série, em especial considerando como cada um distribuiu
suas presenças de tela:
Exemplo: Matheus decidiu guardar seu protagonismo para o final
porque ele quer passar as aventuras que ele está em Background
investigando informações sobre os misteriosos Guardiões e os motivos
pelos quais eles não se lembram dos eventos no mundo dos Contos de
Fadas, e no final será o momento onde Pericles revelará o resultado
de suas investigações.
Julia decidiu que seu protagonismo será logo na segunda aventura,
assim Helen pode cair em Background e oferecer algum apoio a
Pericles no final da Série, caso seja interessante.
Já Ricardo decide que Robert meio que irá “desaparecer” depois de
ser protagonista do terceiro episódio, pois algo lhe diz que Robert
irá descobrir, ainda que indiretamente, alguma coisa mais
interessante para a Série (Cliffhanger para a próxima temporada de
Fae Guardians? Só o Narrador poderá definir!)
De maneira interessante, todos eles estão em Background no quarto
episódio… Esse pode ser o famoso momento de calmaria antes da
tempestade, e o Narrador Lúcio guarda isso na memória
Aqui pode-se retirar Aspectos também… E o Narrador deve marcar a
Presença de Tela (isso pode ser útil na hora de criar as aventuras)
Exemplo: Aqui Lúcio pesca mais um Aspecto útil para o cenário.
- “Porque protegemos o Reino dos Contos de Fadas se nem nos
lembramos dele?”
Definir Características
Todo personagem dos Destinos das Séries deve definir algumas
Características. Para isso, devem definir mais um Aspecto, chamado
Limiar, e incluir ao menos um personagem para o Narrador
utilizar como um Personagem do Narrador, que pode ser um Contato
ou um Antagonista. Esse último não conta como Aspecto dos
Personagens, mas pode ser um Aspecto da Série como um todo, pois ele
poderá interagir também com outros personagens, caso isso seja
interessante.
Limiar
O Limiar (Edge em PTA) representa uma coisa na qual
definitivamente o personagem é extremamente bom. O Limiar é
tratado como um Aspecto a ser usado pelo personagem para melhorar suas
chances em situações especiais, mas também pode ser usado contra o
personagem por meio de Forçadas normalmente.
Exemplo: Os Fae Guardians escolhem seus Limiares
- Matheus escolhe como Limiar de Pericles Uma Sombra na
Noite. Pericles consegue lidar bem com a questão de ter que se
misturar em meio à boca do lixo e envolver-se com tipos do mais
baixo nível, além de claro conseguir se ocultar e investigar
coisas sem ser notado
- Julia escolhe como Limiar de Helen Bonequinha de Luxo. De
certa forma Helen se sente como a personagem de Audrey Hepburn no
filme de mesmo nome, ao lidar com todo tipo de gente, mesmo
aquelas mais perigosas, apenas pelo objetivo de ter uma vida mais
feliz.
- Já Ricardo escolhe para Robert o Limiar Robin Hood. Apesar
de toda a questão da malandragem de Robert, ele sabe fazer o
possível e o impossível para não trespassar alguns limiares de
justiça social e ética que se auto-impôs;
Esse momento não oferece Aspectos novos ao Narrador, mas aos
personagens pode oferecer informações importantes.
Conexões e Antagonistas
Além de tudo isso, cada um deles deve contribuir com um personagem que
o Narrador pode utilizar a favor ou mesmo contra os personagens. Em
geral, eles irão oferecer Conexões, personagens que são úteis aos
mesmos por oferecer informações e ajuda em momentos chave, mas podem
também oferecerem Antagonistas, personagens que vão contra as
intenções dos jogadores por algum motivo. Na realidade, a partir do
momento em que entrarem em jogo, esses personagens poderão assumir
todo tipo de função, inclusive algumas não esperadas pelos jogadores.
O Narrador irá receber esses personagens como potenciais NPCs e
Aspectos
Exemplos: Vejamos quais são as Conexões e Antagonistas propostos
pelos Fae Guardians.
- Pericles possui uma Conexão, ex-amigo da Polícia chamado
Derek Mayflower. Embora piadista e bobo, Derek é uma fonte
inestimável de informação, em especial porque ele sabe muito sobre
coisas bizarras que acontecem na cidade, seja um serial killer
canibal, seja os estranhos desaparecimentos de sem-tetos no metrô;
- Robert “trouxe consigo” do Reino dos Contos de Fadas um
conselheiro, Jiminy Cricket, o Grilo Falante. Para os Fae
Guardians e outros como ele, Jiminy parece o Grilo Falante do
Desenho da Disney, mas maior, quase do tamanho de um garoto de
oito anos, sendo que um garoto de oito anos é o que as “pessoas
comuns” vêem. Jiminy é o único contato que eles possuem com os
Guardiões enquanto Protetores e tem grande interesse na cultura
humana, sendo um devorador de quadrinhos e outras formas de
cultura pop;
- Helen prefere lançar uma Antagonista: sua irmã Samantha. Uma
executiva que comanda os outros com mãos-de-ferro, é a mais velha
e herdeira da maior parte da fortuna da família. Entretanto, ela
deseja tudo, inclusive a parte de Helen, e é frustrada com o fato
de não conseguir acabar com a própria irmã, seja no mundo dos
negócios ou da alta sociedade… Além disso, Samanta parece
possuir algum tipo de segredo… Que ficará para o Mestre Lúcio
definir qual será.
Antes de encerrar, Matheus pede para incluir ainda um personagem
misterioso, conhecido como Mr. Tumnus, um sem-teto meio maluco que
vive no Central Park e que usa o nome de um personagem importante de
Crônicas de Nárnia, mas que parece ter algum conhecimento sobre os
Fae Guardians, suas missões e o Escopo. Ele não coloca mais
nada, deixando apenas para Lúcio como Tumnus será usado.
Locações
Esse é um conjunto de Aspecto de Cena todo especial que cada
personagem deve sugerir (ao menos um). Locações são locais onde os
personagens normalmente sempre estarão e com os quais eles possuem
algum tipo de interação profunda. Se isso vai oferecer a eles alguma
vantagem ou não, vai depender dos acontecimentos.
Cada um dos personagens deve indicar ao menos uma Locação Pessoal,
onde ele se sentirá a vontade.
Exemplo: Locações importantes para os Fae Guardians
- A Casa de Helen, que mora em um flat no famoso Edifício Dakota
desde que “retornou” do Reino, é a sua Locação pessoal
- O Brooklyn, onde Robert cresceu e ainda continua em contato com as
pessoas, é uma Locação importante. Em especial, um kitenete que
ele mantem com a ajuda do dinheiro que consegue ocasionalmente é
sua Locação Pessoal
- Um apartamento na região do baixo Manhattan é a Locação pessoal
de Pericles, onde ele pode relaxar e ficar a vontade;
Eles decidem também ter uma Locação conjunta muito importante, que
é a região do Strawberry Fields do Central Park. Essa locação é
importante por:
- Ser perto da Casa de Helen
- ser onde eles foram “encontrados” quando voltaram do Reino, e
- ser um local onde normalmente Mr. Tumnus estará próximo.
Agora, temos já uma série criada. Basta terminar as Fichas dos
Personagens e seguir adiante!