Han T’si - o Armeiro Usato

Os conhecimentos dos Demiurgos são confundidos com magia por muitos. Obviamente que os Mestres de Umdaar desejam que assim permaneça, pois isso justifica seus poderes e sua maldade como algo para “seres acima dos humanos”.

Entretanto, os estudiosos sabem a verdade: os Demiurgos não eram Deuses. Suas técnicas e conhecimentos são superiores às dos Povos de Umdaar de hoje, é verdade, mas eles definitivamente não eram Deuses. Existem fundamentos em seus equipamentos e conhecimentos, preceitos lógicos que aos poucos vão sendo recuperados pelos estudiosos e pelos Guardiões das Runas, que aos poucos vão sendo capazes de recriar armas e equipamentos dos Demiurgos.

Muitos desses Guardiões das Runas estão sob trabalho aos Mestres, ainda que não por vontade própria. Há obviamente, também, aqueles que traem seus povos, vendendo-os aos Mestres por um punhado de moedas.

Mas entre os Povos da Luz há também aqueles que procuram entender e recuperar os conhecimentos e a tecnologia arcana dos Demiurgos. Em todos os Povos da Luz existem os Guardiões da Luz, e entre eles um grupo especializado em investigar e analisar equipamentos e, em especial, armas.

Esses Armeiros são valorizados e procurados por ambas as partes, tanto pelos Povos Livres quanto pelos Mestres. Em especial, os Mestres sabem que, ao tomarem os Guardiões e os Armeiros dos Povos Livres, estão cada vez mais caminhando para a dominação total e irrestrita de Umdaar.

Por isso, uma das funções de todo Guardião de Runas é espalhar ao máximo as tecnologias e conhecimentos aprendidas pela pesquisa dos Artefatos dos Demiurgos, de modo a impedir que os Mestres a monopolizem.

Han T’si é um desses.

Os Usato, povo-coelho do qual Han T’si é parte, é conhecido por sua capacidade de lidar com conhecimentos e artefatos estranhos. Muitos Monges e Guardiões de Runas Usato podem ser vistos em Umdaar, liderando expedições e procurando conhecimentos. E muitos crânios e cabeças Usato são encontradas nos pórticos das cidades nas Terras Sombrias, os domínios dos Mestres de Umdaar, mostrando a crueldade dos Mestres contra aqueles que não se sujeitam a seu poder.

Han T’si é um Usato bem mais fraco que a maioria, mas muito inteligente e dono de muito conhecimento quanto aos conhecimentos dos Demiurgos. Um estudioso nato, está aos poucos ganhando mais e mais conhecimento sobre como os Demiurgos pensavam, suas tecnologias, conhecimento, e até mesmo idioma, o que ajuda para investigar as ruínas dos mesmos e obter informações preciosas sobre o funcionamento dos equipamentos dos mesmos.

Han T’si saiu muito cedo do Vale Verde, viajando por Umdaar com seu mestre, até que o mesmo foi capturado pelos Mestres de Umdaar. Pouco tempo depois, Han viu a cabeça do mesmo pendurada nos pilares da Estrada do Desespero, o caminho que leva até o lar de um dos piores Mestres de Umdaar, e o mais próximo que existe de uma “rota de escravos” pela qual escravos são levados por caçadores de recompensa até a Cidade de Obsidiana, lar do terrível Mercado das Almas, onde tudo e todos podem ser comprados ou vendidos.

Han continuou a sua pesquisa sozinho e cada vez mais vem obtendo conhecimento. Evitando voltar para o Vale Verde dos Usato, Han decidiu se estabelecer no Elísio de Alemtempo, uma área onde suas pesquisas poderiam continuar com calma.

Mas de tempos em tempos, ele acompanha um grupo de aventureiros que vá para alguma ruína, e com eles investigará o que os Demiurgos (ou os povos de antes dos mesmos) deixaram para trás.

Han T’si é da altura normal para um Usato, 1.40 metros (mais 30 centímetros de orelhas). Ele é razoavelmente magro, com pelo branco malhado em rosado e marrom dourado. As pontas das orelhas são pretas. Ele usa óculos redondos enormes e de armação dourada (o que é estranho, pois acredita-se que os Usato possuem uma visão perfeita). Sua única arma são as boleadeira que carrega na cinta da rústica calça. Sempre é visto com um chapéu estranho. Seu focinho possui narinas enormes, o que muitos acreditam que facilitam seu faro (ou simplesmente seja assim). Ele tem um rosto jovial, mas um olhar de experiência profunda de quem já viu muitos dos horrores de Umdaar.

Informações Iniciais

  • Bioforma: Usato (homem coelho) - Beastmen - Rabbit
  • Classe: Armeiro - Runekeeper

Aspectos

Tipo Aspecto
Conceito: Um Armeiro Usato que já viu muito do terror de Umdaar apesar da pouca idade
Motivação: Devo obter o conhecimento dos Demiurgos para melhorar a vida dos Povos Livres
Pessoal: O rosto de um jovem, o olhar de um idoso
  “Interessante esse produto dos Demiurgos, acho que podemos usar…“
  Qualquer alvo das minhas boleadeiras não escapa

Abordagens

Abordagem Nível
Ágil: Regular (+1)
Cuidadoso: Razoável (+2)
Esperto: Bom (+3)
Estiloso: Razoável (+2)
Poderoso: Medíocre (+0)
Sorrateiro: Regular (+1)

Façanhas: [Recarga: 3]

  • Conhecimento dos Demiurgos: +2 em todos os testes de Superar sendo Esperto questões relacionadas à ausência de conhecimento sobre os Demiurgos e sua tecnologia;
  • Improvisando: +2 ao Criar Vantagens sendo Cuidadoso quando precisar de um equipamento específico que ele não tem acesso
  • Boleadeira: caso aceite ficar Desarmado, +2 ao Atacar sendo Esperto. Em caso de Sucesso, pode abaixar o Estresse em 1 para colocar no alvo um Aspecto Imobilizado com uma Invocação Gratuíta. Em caso de Sucesso com Estilo, esse Aspecto entra com duas Invocações Gratuítas

Talon - O Homem-Rapina

Os homem-pássaros são poderosos no combate no ar. descendentes de povos antigos e poderosos, alguns acreditam que já construíam suas fortalezas (que eles chamam de Ninhos) no alto das mais altas montanhas e nas fendas mais escarpadas mesmo antes da Era dos Demiurgos. Os Demiurgos nunca viram necessidade em se envolver com os homens-pássaro, já que seus conhecimentos permitiam a eles moldar a terra conforme a necessidade e as escarpas onde os mesmos vivem, e os picos e montanhas, não lhe proporcionavam nenhuma vantagem ao tentar dominar. Era preferível negociar e obter o que precisavam pelas trocas com itens, alimentos e tecnologia.

Entretanto, com o fim da Era dos Demiurgos e o surgimento dos Mestres de Umdaar, os homem-pássaros passaram a ser atacados: os montes e escarpas serviam como pontos de fronteira onde os Mestres podiam manter tropas para controlar o acesso e manter rebeldes fora e impedir a fuga de escravos. Não a toa, muitos povos dos homens-pássaros passaram a sofrer com os ataques contantes dos Mestres. E não à toa, junto com os Humanos, os Usato, os Monges de Alemtempo e os Faeryn, eles se tornaram aliados de primeira ordem junto às Vilas da Luz.

Todo homem-pássaro aprende a voar tão logo possível, e mesmo os mais jovens deles são capazes de voar facilmente. Na adolescência eles podem se tornar grandes batedores e mensageiros, usando sua experiência de vôo para deslocar-se tão rápido que os Mestres não podem os atingir, mesmo aqueles que tenham obtidos os antigos Canhões de Energia Demiurgos. Entretanto, uma queda do ar é fatal para eles tanto quanto o é para um ser humano.

Além de sua habilidade natural com asas, muitos são experientes na construção de máquinas voadoras dos mais diversos tipos, desde asa-deltas rudimentares até sofisticados planadores que utilizam uma reciclagem da energia eólica para voar mesmo sem vento, desde que estejam corretamente montados.

Talon é de uma das principais tribos de homens-pássaro. Nascido e criado como um combatente, ainda assim é alguém que aprendeu uma série de truqeues, sendo um batedor eficiente e alguém muito apurado em várias coisas. Entretanto, ele é um homem rústico, forjado nos ventos gélidos e traiçoeiros dos Picos de Handa’har, o Nefasto, e portanto pouco afeito a salamaleques, ainda que saiba o suficiente para não colocar seu pescoço em risco.

Talon trabalha para as Vilas da Luz como um batedor, e sua família e tribo são orgulhosos disso. E ele nunca irá fazer eles passarem vergonha, se depender exclusivamente dele.

Informações Iniciais

  • Bioforma: Homem-Pássaro - Beastmen - Bird
  • Classe: Batedor - Bounty Hunter

Aspectos

Tipo Aspecto
Conceito: Um Homem Pássaro Batedor que vive por sua honra e de sua tribo
Motivação: Devo ser sempre o batedor que esperam de mim
Pessoal: Um guerreiro rústico e ocasionalmente antiquado
  Correr, voar, nadar, lutar, escalar, pescar, caçar e pensar
  Verei o dia em que as escarpas ficarão limpas do fedor dos Mestres

Abordagens

Abordagem Nível
Ágil: Razoável (+2)
Cuidadoso: Razoável (+2)
Esperto: Bom (+3)
Estiloso: Medíocre (+0)
Poderoso: Regular (+1)
Sorrateiro: Regular (+1)

Façanhas: [Recarga: 3]

  • Ataque de Carga: se tiver espaço o bastante para manobrar, recebe +2 ao Atacar sendo Ágil caindo sobre seus alvos em carga;
  • Visão de Águia: recebe +2 ao Superar sendo Esperto testes que envolvam o discernimento de coisas à distância
  • Arpéu: em caso de um Sucesso com Estilo ao Atacar sendo Esperto, pode sacrificar o impulso para Enredar o alvo. Esse Aspecto entra com uma Invocação Gratuíta.

A Vila do Queijo - uma Aventura dos Camundongos Aventureiros

Cena 1: A chegada dos primos de longe

  • Aspectos:
    • A alegria de ver primos de lugares estranhos
    • A beleza da vida humilde

Os personagens irão recepcionar os seus primos vindos dos Estados Unidos, Emily e Alexander. Não se preocupe se os personagens perguntarem como todos se entendem: todos os camundongos do mundo falam o mesmo idioma, além dos idiomas de outros animais (no que Emily é especialmente versada). Faça com que os personagens apresentem o Rio de Janeiro para os camundongos aventureiros, apresentando locais como a Igreja da Lapa e o Cristo Redentor, ainda que à distância. Caso queira, deixe que eles vejam o Cristo Redentor e os Arcos da Lapa, onde ainda muitas comunidades, tanto humanas quanto roedoras vão buscar água para beber.

Depois de algum tempo, faça com que os personagens sigam para a Vila do Queijo, uma pequena vila de pescadores e outros camundongos pobres que fica a uma certa distância do centro do Rio de Janeiro. Junto à Vila do Queijo existe uma pequena comunidade de humanos que vivem de maneira similar, caiçaras que tiram do mar e de algumas pequenas roças seu sustento.

Claro que existe queijo: queijo de sabor forte e marcante, feito normalmente de leite de cabra, que os próprios moradores, humanos e camundongos, fabricam. No caso dos humanos, ainda existe também o queijo ao estilo mineiro, branco e feito do leite de vaca, mais suave. Alguns camundongos (principalmente aqueles com amigos humanos) costumam conseguir algumas porções do mesmo, que é visto como uma iguaria. Claro que Emily e Alexander serão recebidos com tal queijo, além de frutas, doces e compotas e a tapioca, um alimento típico feito a base de mandioca

Nesse momento, eles encontrarão o Dono da Vila…

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