Fortivitus

“Respeitável Público! Senhoras e Senhores, meninos e meninas, crianças de todas as Idades! McNash and Sullivan Circus and Shows tem o prazer de lhe apresentar um espetáculo de garbo e elegância, um show que irá fazer vocês rirem, chorarem, se segurarem na cadeira, prender o fôlego, e acima de tudo, irá emocioná-los além da conta. Por apenas 5 cents, vocês verão coisas que nem mesmo O Maior Espetáculo da Terra é capaz de apresentar. Venham, venham, o circo chegou ao Washington State Garden!

Essa é uma aventura introdutória para Young Centurions. Aconselha-se que todos os personagens sejam Espíritos do Século XX, focados nos Estados Unidos, embora não seja obrigatório. Aconselha-se 2 a 6 personagens.

  • Nível: G / PG
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Fortivitus

“Ladies and Gentlemen, boys and girls, children of all ages! McNash and Sullivan Circus and Shows is proud to present you the most charming and fun show, that will make you laugh, cry, hold your breath, hold yourself in you chair, and above all, enthrall you in magic, fantasy and glamour. By just 5 cents, you’ll see things that even The Biggest Show on Earth would not show. Come everyone, the circus is in New York, at the Washington State Garden’s bandshell!

This adventure is written to be a introductory one for 2 to 6 20th Century Young Centurions, US-established, although this is not obligatory.

PS: I want to say a warm Thank You to Tricia “Pricilla Mooseburger” Manuel, for the tips about circuses and clowning in the 1910s US, via Twitter. She was very kind and helpful with my questions.

  • Rating: G / PG
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Não na minha mesa - Porque precisamos falar sobre isso

Imagem da campanha "Não na minha mesa", traduzida pela Eva Morrisey, do Blog Livro de Espelhos Normalmente, nesse blog eu procuro postar materiais e coisas em geral, mas existem horas em que temos que marcar nossa posição.

O mundo nerd em geral, e no RPG em particular, tem uma ilusão de se sentir mais sábio e respeitoso que outros círculos, como o do futebol ou da política, por exemplo.

Entretanto, se os eventos recentes provam alguma coisa é que, sim, como disse o velho e bom Doutor Careca, “O Nerd Padrão é Imbecil e Preconceituoso”.

E esse é um fato que se aplica até a mim.

Não adianta eu alimentar uma falsa ilusão de cultura, pois existem convenções sociais que nos são impingidas, às vezes até mesmo de maneira inconsciente.

Quer um exemplo? Vamos lá: rosa é cor de menina e azul de menino, certo? E menino não usa vestido, ok?

Sim… Mas só a partir do início do século XX. E isso não é uma teoria conspiracional de feminazis ou coisas do gênero, usando as terminologias adoradas pelos Homens de Bem™1, mas sim estudos publicados por sites como Smithsonian.com e TodayIFoundOut. Antes desse período, era normal que colocassem todas as crianças de uma idade baixa (até uns 7 anos) com vestidos (porque facilitava a troca de fraldas) e com cores neutras (branco ou amarelo, em especial em tons pastéis). Os artigos são bem mais interessantes do que eu explicando, e vale gastar um tempo para a leitura.

Mas o que eu quero dizer aqui é que, enquanto pessoas que realmente sofremos no passado (e sim, eu sou de antes de The Big Bang Theory e Mark Zuckenberg, onde você ser nerd - e pior, ter orgulho disso - era pedir para “apanhar para virar homem”) deveríamos ser mais abertas a essas situações.

Sim, esse é um post de Chamado às armas, embora não tenham armas envolvidas.

No Fate Masters e no Rolando +4 sempre falamos sobre a questão de Não ser babaca. Defendo isso2 porque acredito que sempre podemos ser melhores do que somos.

Eu já fui menos, para usar o termo, desconstruído. Já joguei pela lógica tradicional e, em outros tempos, usei e abusei dos estereótipos de todos os tipos de preconceito (tenho vergonha de lembrar os nomes de alguns NPCs de Vampiro). Mas com o tempo fui aprendendo que isso não é legal.

E são exatamente essas coisas que criam na cabeça das pessoas o estereótipo do nerd gordo granudo tetudo.

Precisamos ter na consciência uma coisa: nossas atitudes contam.

As pessoas que jogam RPG gostam de ter um escapismo da realidade ocasionalmente. Isso não é ruim e não é nem um pouco diferente de pessoas que, por exemplo, vão ao teatro ou ao futebol: é o momento de lazer, de deixar tudo de lado e ter uma descontração.

Incluir coisas que prejudiquem a diversão ou que tragam sofrimento para os outros não é diversão, é babaquice.

Por isso, eu digo que #nãonaminhamesa.

Se você é do tipo que faz piadinhas racistas com jogadores, #nãonaminhamesa.

Se você acha que a guerreira elfa tem que usar biquini de cota de malha, #nãonaminhamesa.

Se você acha que uma Sidhe tem que usar vestidos super-curtos e não pode ter uma espada quimérica, #nãonaminhamesa.

Se você acha que Marianne merece ser perseguida pela Nova Europa, #nãonaminhamesa.

Enfim, se você não sabe ser um ser humano e tratar os outros, independentemente de sua origem e opções, como tal, você não tem espaço, ao menos #nãonaminhamesa.


  1. Quero dizer aquelas pessoas que falam de Direitos Humanos para Humanos Direitos, Bolsominions e afiliados… 

  2. Aqui estou falando particularmente, e não em nome dos podcasts em questão 

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